Mendigos, Amigos e Loucos
Ao mendigo, digo-lhe que não tenho pena do poeta, porque é ser inimaginável de esperança, sonho, um feitor de ventura e, mesmo no sofrimento intenso, oferece palavras fáceis de sorver, mesmo que doam, doam...para criá-las.
Ao amigo... amigos levamos dentro de nós até na sepultura, quando são verdadeiros... os amigos que mostram um único sinal de competição... devem ser descartados. Na primeira competição pra valer dar-lhe-á uma rasteira que você vai se perguntar, pro resto da vida... - Mas... ele era meu amigo???
Ao louco, louvo a homenagem - de há muito tenho acreditado muito mais nos loucos, que se vestem de "três faróis coloridos" em cada mão. Ao louco, não importa o seu comportamento, se está nu ou de roupas, se riem dele - ele é quem ri dos outros!
Um céu ao dormir - diz o poeta.
Um sol a dormir - diz o amigo.
Um sol bem aqui - diz o louco.
Eu prefiro o Louco!
Sunny Lóra, em 5 de maio, 2008
( minhas conclusões ao ler um soneto de Athos Fernandes - "Ser poeta")
Ilustraçao: Net