Muita coisa não mudou. Continuo poetisa de versos fartos, mas hoje escrevo somente para mim. O nosso cantinho, que era tão especial, encheu-se de tanta gente... e sabe, mesmo quando eu dou as boas-vindas, não tem resposta alguma... visito o meu cantinho e sempre, sempre, encontro lá as mesmas pessoas, que me incentivam e choram (ou riem) junto comigo.
De vez em quando aparece, como magia, alguém que diz como é bonito ler os meus versos. Ah, amiga, ninguém sabe o que tem detrás deles... Tenho até um novo livro, mas não sou Lya Luft! As pessoas aparecem de momento e eu me sinto muito feliz. Será que sabem o meu nome, o que faço, o que sinto, o que eu espero? Não... Ah, sabe aquela companheira amiga que eu ganhei no Natal? Está aqui, subindo no meu teclado! Na verdade, ela é a única presença física que eu tenho tido... claro que não estou considerando as flores que brotam, às dezenas... a cada dia. Flores não falam... mas a minha amiguinha late forte!
Eu me lembro, agora, dos duetos que fizemos juntas. Lindos, né? Estão esquecidos, amiga... As pessoas vivem apenas o momento e não imaginam, nem de longe, o tanto que nos entregamos ao construir letras!
Seguimos até aqueles pequenos versos que o moço inteligente inventou... Neles, em pequenas palavras, falamos tudo que sentimos... mas isso é pensamento solto...Muito cá pra nós, querida amiga, você acha que os milhares de poetas estão pensando como a gente pensa? Não... À maneira de cada um, o poeta grita o que sente... e se é ouvido ou não... hoje é sábado! Mas um dia preguiçoso... de sonhos. E eu continuo apaixonada pelo meu poeta, ah, o meu poeta...
Aí, dá uma vontade louca de ter alguém para partilhar minha meninice, meu modo de mulher...
E aí, você acorda! Sua caixa postal está cheia! Viva! Ansiosa, procura aquela mensagem legal... não... são apenas poemas de outras pessoas, que pensam como nós.