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A CHEGADA DA INTERNET E SUA IMPORTANCIA PARA A LITERATURA. (Palestra de Sonia Rita Sancio Landrith, em 24 de maio de 2015, na II FLICA-ES – Feira Literária do Espírito Santo)

Boa tarde a todos os presentes .

Muito tenho a agradecer pela confiança depositada em mim para falar deste tema muito atual. Para começar, preciso dizer que a Logos disponibilizou 975 títulos de autores capixabas na Feira Literária. Durante o ano de 2014 a 2015, até a presente data, podemos ter uma ideia de 500 lançamentos de livros de papel de autores capixabas. O capixaba trabalha incessantemente para apresentar suas letras para o mundo! Mas vejamos alguns números de até pouco tempo atrás, numa pesquisa rápida. Temos: 2,4 bilhões — internautas em todo o mundo; 634 milhões — número total de sites da web; 51 milhões — páginas criadas em 2012; 2,2 bilhões — pessoas usando email; 144 bilhões — emails trafegando diariamente; 68,8% dos emails é spam; 1,2 trilhão — pesquisas realizadas no Google; 1 bilhão — pessoas ativas no Facebook mensalmente; 200 milhões — pessoas ativas no Twitter mensalmente; 135 milhões — pessoas ativas no Google+ mensalmente; 5 bilhões de “+1” diários no Google+; 2,7 bilhões de “likes” diários no Facebook; Brasil foi o país mais ativo no Facebook; 40,5 anos é a idade média dos cadastrados no Facebook; 37,3 anos é a idade média dos cadastrados no Twitter; 1,3 exabytes é a quantidade de dados trafegando mensalmente nas redes móveis. A rede mundial de computadores, ou Internet, surgiu em plena Guerra Fria. Criada com objetivos militares, seria uma das formas das forças armadas norte-americanas de manter as comunicações em caso de ataques inimigos que destruíssem os meios convencionais de telecomunicações. Nas décadas de 1970 e 1980, além de ser utilizada para fins militares, a Internet também foi um importante meio de comunicação acadêmico. Estudantes e professores universitários, principalmente dos EUA, trocavam idéias, mensagens e descobertas pelas linhas da rede mundial. Atualmente a internet é usada por mais de 2 bilhões de pessoas no mundo inteiro. A história da Internet começa com o desenvolvimento dos computadores eletrônicos, na década de 1950. Conceitos iniciais das redes de pacotes originados em vários laboratórios de ciência de computador nos Estados Unidos, Grã-Bretanha e França. A internet foi disponível para o público em geral em 6 de agosto de 1991. Internet não foi inventada por uma única pessoa ou empresa. Ela foi desenvolvida por uma equipe de especialistas. Estes desenvolvimentos e ideias sobre a internet começaram a cerca de um quarto de século atrás. A partir de 1997, iniciou-se uma nova fase na Internet brasileira. O aumento de acessos a rede e a necessidade de uma infra-estrutura mais veloz e segura levou a investimentos em novas tecnologias. O Brasil tem 136 milhões de computadores, 2 para cada 3 habitantes. Esses dados são de estudo da FGV, que estima que até 2016 a densidade será de 100%, com uma base instalada de 200 milhões de máquinas, somando PC, notebook e tablet. Nos dias atuais, é impossível pensar no mundo sem a Internet. Ela tomou parte dos lares de pessoas do mundo todo. Estar conectado a rede mundial passou a ser uma necessidade de extrema importância. A Internet também está presente nas escolas, faculdades, empresas e diversos locais, possibilitando acesso as informações e notícias do mundo em apenas um click. A partir de 2006, começou uma nova era na Internet com o avanço das redes sociais. Pioneiro, o Orkut ganhou a preferência dos brasileiros. Nos anos seguintes surgiram outras redes sociais como, por exemplo, o Facebook e o Twitter. É aqui que começo a falar sobre a descoberta da internet na minha vida. Desde 1982, quando comecei a minha carreira profissional na Arcelor Mittal, onde permaneci por quase 30 anos, passei a aprender a lidar com esta máquina envolvente e apaixonante, que é a Informática. Nossa empresa sempre foi muito consciente na participação de cursos profissionalizantes. Com isso, fui aprendendo, ao longo dos anos, o word, o excell, o powerpoint, os sistemas financeiros, de segurança, de compras, de lidar com fotografias, apresentações e tudo que envolvia meu crescimento profissional. Como eu sempre fui muito ligada às letras, desde menina, eu sempre dava um jeito de escrever algum artigo, poema, carta, cronica, conto e os guardava numa pasta. Foi somente em 2004, muitos anos depois de começar a minha paixão pelas letras, é que desenvolvi a poesia numa velocidade vertiginosa. Em menos de um ano eu era detentora de mais de duas mil poesias. Muitas vezes me surpreendia numa releitura e me perguntava se eu tinha sido verdadeiramente a autora. Todo o meu tempo livre era dedicado à escrita. Em setembro de 2005 perdi meu pai. Foi a maior perda de minha vida e uma das grandes razões para que eu procurasse a ajuda daquela empresa que me acolheu por tantos anos para publicar meu primeiro livro de papel. ”Portais da Alma”, com 200 páginas, foi prefaciado pelo escritor e colega de trabalho, Sidemberg Rodrigues. Nele ele cita a minha maestria e dissimular com criatividade e habilidade de desviar-me de qualquer curva que inspire vulgaridade em meu modo de escrever. O livro foi sucesso, totalmente assumido pela minha empresa querida e , dois meses depois da partida de meu pai, recebi centenas de amigos para partilhar os meus segredos, desejos e solidão. Somente em 2010, quando já pertencia à Academia Feminina Espirito Santense de Letras, este meu porto seguro nas letras e grandes amizades, escrevi o meu segundo livro, “Lua Perfeita”, uma coletânea de 100 poesias, que nunca foi lançado, por decisão pessoal. Em 2012, minha irmã Cecilia e eu lançamos “Contos de Saudade”, com edição esgotada, contando fatos engraçados, tristes e alegres ocorridos durante a nossa infancia em Santa Teresa, minha terra natal. Participei de quatro antologias da Academia, de três edições de Escritos de Vitoria e tive muitas publicações no Caderno Pensar de A Gazeta e do Diário Oficial do Estado, na Seção Pra viver, poesia. Mas e a internet? Por mais incrível que possa parecer, eu não fui da geração Orkut. Trabalhava demais e não dava tempo de interagir naquele Grupo tão coeso e amigo, de beleza ímpar. Um dia do ano de 2006, comecei a me familiarizar com sites de poesias, artigos e cronicas. Encontrei um site que me chamou a atenção, o Recanto das Letras. O site está ativo desde 2004, com diferentes temas disponíveis na capa do site, atualmente conta com cerca de cento e sessenta mil autores, amadores, profissionais, entusiastas e pessoas que apreciam a literatura. A grande maioria publica gratuitamente no site. Para atender um público exigente e diferenciado tem diversas categorias e classificações de textos e para coibir abusos conta com política editorial. O suporte atende aos usuários em dúvidas e denúncias de irregularidades. Tem cerca de 2 milhões de visitantes e 7 milhoes de visualizações por mês. Muito timidamente publiquei meu primeiro poema e uma enxurrada de comentários foi chegando, aquilo tudo me encantando, a cada dia mais e mais. Meu apelido desde 1967, Sunny, foi o nome com que me inscrevi no site, acrescemtando um L do meu sobrenome. Aí nasceu Sunny L e tornei-me conhecida. Aí foi criado um site somente para mim, com o nome de Cantinho de Sunny. De agosto de 2006 até hoje, tenho uma média de 6000 visitas mensais, atingindo 372 mil visitas desde a sua criação. O tráfego de visitas inclui o Brasil, Estados Unidos, Alamenha, Japão, China, França, Portugal, Inglaterra, Canada, Coreia, Israel, Dinamarca, Turquia, Singapura, Suécia, Russia, Angola, Noruega, Irlanda, México, Australia e Espanha. Para mim é motivo de orgulho poder representar a literatura brasileira, nem que seja de maneira humilde e simples, para outros países do mundo. Tudo que escrevo tem um link para traduções simultâneas. Um site é o modelo tradicional de páginas da web. Normalmente tem a home page, um ponto inicial para outras páginas. A comunicação com o leitor normalmente é feita via email ou comentário. A definição de conteúdo é trabalhosa, pois os clientes entendem que o site é algo muito formal. Em muitos casos definir textos para sites requer um trabalho imenso, cuidado especial com a sua apresentação e é administrado por uma empresa, no meu caso, a Flemer, de São Paulo. Não me contentei com um site apenas e inventei um blog, o Amor de Poeira, onde posso me soltar mais e não seguir a formalidade de um site. O blog expressa a minha opinião e sou eu mesma que o alimento e administro. O contéudo pode ser discutido através de comentários, mas usualmente os blogueiros não abrem muito esta opção para seus leitores e eu sou um deles, mas no site dou liberdade de receber comentários, que são publicados após a minha aprovação. A atualização do blog é constante e a linguagem adotada é bem light. O autor do blog normalmente é identificado e conhecido, tornando mais humano a relação autor e leitor. Não precisa de conhecimento de tecnologia para criar um blog, qualquer pessoa pode criar um com alguma facilidade, apesar de algumas situações requerem certo grau de conhecimento. A internet é o meio mais rápido de fazer-se conhecido. Eventos são criados em minutos, com uma quantidade sem precedentes de convidados, de um a um milhão! Ebooks, os livros eletronicos, são um colírio para os nossos olhos, com apresentações lindas, com movimentos de ondas do mar, de flores se abrindo, de uma visão magnífica de lugares e tipos de escrita. As poesias não mais são apresentadas apenas pelas letras e sim com fotografias de fundo, com letras douradas, brancas ou coloridas, de acordo com a necessidade de apresentação da foto. Trabalhos magníficos são apresentados por muitos capixabas neste setor. Musicas de fundo acompanham contos, cronicas e poesia. O mundo torna-se mais belo num piscar de olhos. Tudo é possivel para o escritor e a internet – é um casamento perfeito para tornar-se conhecido no mundo inteiro. Com a chegada do Facebook, com 1 bilhão de usuários em 2012, o escritor passou a mostrar seu trabalho com mais facilidade. Se não é possível a venda de livros de papel, em poucos minutos coloca uma crônica que certamente será lida por muita gente, pois é um crescer que envolve publico, amigos, amigos de amigos e adiante. A internet dá ao escritor todo tipo de publicação, com editoras famosas até as mais simples, cobrando por peça, por número de exemplares ou por peso. A China, que costumo chamar de invasora de mundos no bom sentido, produz livros a kilo, com uma qualidade de espantar até o mais exigente dos escritores. Esta opção ainda não é totalmente aceita e aprovada pela maioria dos escritores, que são fiéis a seus editores no Brasil. Durante a minha experiencia de navegante de computadores, um dia resolvi começar uma série de crônicas, que chamei de “Sempre aos Domingos”. Acordava cedinho e colocava toda a minha capacidade de escrita nessa série e enviava para todos os grupos que pertencia na internet, através do meu site. Era uma experiencia impar, maravilhosa. Um dia, quem sabe, eu vou ter a chance de publicar as minhas crônicas em papel, porque o papel fica, mesmo que amarele no tempo, que passa para os nossos filhos, nossos netos e quando não existirmos mais estarão nas mãos de nossos descendentes. A internet, prestem atenção, passa tão rápido que certamente não nos lembramos do que escrevemos em nossa página pessoal na data de ontem. Coisas do futuro, onde estamos hoje, nesse exato momento! Obrigada a todos
Sunny L (Sonia Landrith)
Enviado por Sunny L (Sonia Landrith) em 25/10/2015
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