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Ser alegre e ser feliz

 
Todos os dias novos rostos cruzam por nós. Algumas vezes prestamos atenção, outras não despertam nossa aproximação. Observar faz parte de minha personalidade e tudo que eu vivo é absorvido, guardado e arquivado. O que é bom, eu mantenho. Tenho alguma dificuldade de lidar com situações desagradáveis. Delas me afasto com força mas algumas são inevitáveis. Não acho que seja algo legal ficar contando os problemas pessoais. Os meus são partilhados apenas com algumas poucas pessoas. Estas são as que vivem verdadeiramente o significado de amizade e seguram minha mão quando tudo é difícil.

Procuro sempre adequar os dias da melhor forma, de alegrias e não fatos que me machucam, mesmo que não sejam diretamente ligados a mim. Sou alegre por natureza – uma característica de muitos em minha família. Nós somos uma mistura de pessoas sensíveis em demasia, sorridentes, engraçadas, extremamente carinhosas e de uma meiguice no olhar que é marca registrada de todos. Alguns de nós fomos mais tristes do que alegres, por força de circunstancia, mas nenhum se entregou por muito tempo à tristeza e logo o amor pela vida voltou com força.

Já falei de muitas pessoas que fizeram, fazem e ainda farão parte dos meus dias. Algumas marcaram tanto que nem que eu tente retirá-las do meu coração com uma ferramenta que apaga tudo, não consigo. Posso colocá-las para “dormir” por algum tempo, mas logo acordarão no meu pensamento, com todas as cores, defeitos e qualidades.

A desenvoltura no ser alegre por natureza está dentro de cada um de nós. A felicidade é momentânea, dura de segundos a minutos,  já diziam pensadores, poetas e filósofos, há muito tempo atrás. Em minha vida tive alguns momentos de felicidade que jamais serão apagados. Ter meus filhos, dançar com Rayna numa festa, sentir a emoção de minha segunda paixão depois das letras (a fotografia), ver Nina se arrastando para não entrar no banho,  meus livros nascendo devagar, Nega passando batom para colorir mais o seu rosto bonito, rir de Rose ao assumir-se “Gertrudes” (a alemã que nos faz rolar de rir),  o sorriso guardado do nosso pai ao rezar, a satisfação de nossa mãe ao receber os que ama, todos os amores que partilhei ( e hoje partilho um pouco mais, porque é somente meu) e os que ainda vou ganhar e oferecer.

Mesmo que existam fatos e pessoas que damos voltas no quarteirão para não vivenciar ou cruzar, sempre haverá uma maneira de filtrar. A água impura já era usada naqueles recipientes de barro, formando um lodo nas suas paredes, que era separado do líquido que podia ser tomado. As velas usadas nos filtros antigos bem nos mostravam as suas impurezas. Lembram-se?

Para ser alegre não é preciso receita. Vem de dentro! Pra ser feliz é preciso que a alegria seja somada ao prazer de ser apenas
 muito gente...
 

 

Bom domingo!

Obs. Marco Nanini é perfeito em nos mostrar como ser feliz, no filme “A suprema Felicidade”
 
 
Sunny L (Sonia Landrith)
Enviado por Sunny L (Sonia Landrith) em 18/08/2013
Alterado em 18/08/2013
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