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Textos




De Pessoas e de Amor
 
 
...“quando sinto a fugaz beleza de alguma hora
que não verei jamais - como doce miragem –
turva-se a minha mente, e a alma em silencio chora”

 
( Poema de JG de Araujo Jorge, falando da poesia de John Keats –
 "Os Mais Belos Poemas Que O Amor Inspirou"- Vol. IV -  1a edição 1965 )



 
 
Quando o amor se instala verdadeiramente é difícil de sair. O amor podia  passear, vestir roupas esportivas ou de gala, enfeitar-se de flores nos chapéus. O amor não é uma pessoa, entretanto. Assisti “Brilho de uma Paixão”, um filme com um figurino perfeito e conta o pouco tempo de um romance belíssimo – muito maior para a personagem – entre um poeta e uma mocinha no século 19, John Keats e  Fanny Brawne. Até aí nada demais. A mocinha se apaixona pelo poeta que fala de estrelas. Keats e Fanny viveram um romance impossível – por absoluta pobreza do poeta, que vivia da ajuda dos amigos. Os três anos que passaram juntos desfilam aos nossos olhos com aquela vontade de continuar vendo. As roupas criadas pela própria Fanny são simples e deslumbrantes. A relação dela com a irmãzinha Toots é de uma ternura que amolece qualquer coração. Vale a pena vivenciar este amor e entender a beleza dos poemas de Keats. (1795-1821) – Apenas vinte e cinco anos de vida para mostrar ao mundo porque ele foi o maior poeta romântico da Inglaterra.



Não gosto de contar as historias dos filmes que assisto. Prefiro deixar que os vejam e apreciem ou não. No frio do ar condicionado da sala de cinema, aprendi a levar um casaco para não ficar tremendo enquanto como a minha pipoca e sorvo a tal  coca zero. Em compensação, as pipocas entraram magicamente no meu estomago, uma a uma, que nem senti o seu sabor enquanto envolvida com a historia de John e Fanny.

O sabor que eu digo é o amor de verdade. Ninguém é inteiro sem ter amado um dia. Melhor mesmo é amar uma pessoa, não é? Amamos nossos animais, reverenciamos as flores dos campos e das vitrines das floriculturas sofisticadas, mas nada supera a magia do abraço e do beijo de amor verdadeiro.


 
É óbvio que mais da metade da população mundial está amando, de alguma forma. Outra metade, ou um pouquinho mais, vive a solidão dos dias atuais, a busca incessante do poder, do egoísmo, de não querer partilhar, de ser infiel, de experimentar todas as sensações que a vida lhes oferece. Ser confidente, amigo fiel, companheiro, intenso amante, muitas vezes dura apenas uma hora e meia, tempo que nos sentamos confortavelmente numa poltrona de cinema e nos deliciamos com o que vemos. Isso não é ser radical; é a constatação de cada dia, com tudo que vemos e vivenciamos, de perto ou de longe.
 
Muitas vezes nos questionamos qual é o nosso verdadeiro valor perante tanta rejeição ao buscar o nosso melhor sorriso no espelho, aquele que tanto queremos!  É fácil de identificar este monte de sofrimento inútil. Sabemos que as situações mais difíceis pelas quais passamos não são decorrentes diretas de responsabilidade nossa e sim de alguém que vive muito perto da gente.  Pode ser uma frase que nos atinja como um raio e nos desmorone. É inadmissível que você esteja chorando de dor perto de uma pessoa que você julga que goste de você e ela, do meio do nada, corre a abrir janelas, persianas, e quando você pergunta, ela responde : “Estou buscando boas energias”. Você sai de perto desta pessoa perguntando-se o que fez de errado, não é? Porque todos nós esperamos apoio, que nem sempre está numa pessoa e sim num copo cheio de amor a esta criatura especial e única que é você mesma!
 


Hoje o domingo é claro, ensolarado e bonito. E eu tenho absoluta certeza que o amor existe, sim!
 
 
Bom domingo!
 
 
 
 
 
 
Sunny L (Sonia Landrith)
Enviado por Sunny L (Sonia Landrith) em 22/08/2010
Alterado em 29/12/2010


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