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Vivendo o moderno

 
Minha família é de uma cidade pequena e muito presa a raízes. A única que mora em outra cidade sou eu. Para fazer compras diferentes ou ir a médicos, ao invés de dirigir na BR 101 Norte, minha irmã aluga um taxi com ar condicionado e traz a turma. Pra mim é um presente dos deuses, porque vejo quatro pessoas da minha amada família ao mesmo tempo, almoço com elas e fazemos compras... E contamos casos, alegrias e tristezas. É muito bom ... e como é!
 
Nega, que muita gente conhece, é minha maior amiga, companheira, irmã e mãe de coração. Escreve divinamente bem e não aproveita este dom no tamanho e dimensão que devia. Eu adoro a proteção que Nega me dá. Sinto-me um passarinho debaixo das asas da mamãe-pássara.
 
Sexta passada ela veio trazer a mamãe para exames do coração, que eu faço questão de acompanhar. Depois, fomos almoçar.
 
- Nega, você quer comida chinesa? Eu adoro.
- Non, disse ela, no sotaque italiano que eu perdi (que pena...) – Eu quero comer arroz, feijão, carne, coisa que dá sustança!!!
 
E lá fomos nós. Almoçamos, cortamos umas trinta abobrinhas e depois fomos às compras.
 
A Nega queria um mini-processador e uma cafeteira. Eu insistia para que ela comprasse um rodo diferente, chamado zig-zag, que veio resolver definitivamente o meu problema de briga com a cerâmica daqui de casa. Procuramos o dito cujo mas não tinha no shopping. Só no supermercado. Bom, deixo pra levar o bendito rodo para ela no Carnaval, semana que vem, quando sairemos para fotografar os recantos de minha terra porreta de linda.
 
Voltando à Nega, a primeira coisa que fazemos, todos os dias, é ligar o papo instantâneo. Com isso não falamos ao telefone, cuja conta alcança a lua, quando estamos com a sensibilidade mais aflorada... ( o pior é que um dia sou eu e outro dia é ela – haja disponibilidade e mútuo respeito  para ouvir uma à outra...)
 
- Nega, e aí, como foi o uso dos seus novos produtos?
- Ótimo! Depois de uma hora tentando abrir a tampa do processador, consegui ralar queijo, a salsinha, cebolinha e coentro.
- E a cafeteira?
- A cafeteira é bonitinha. Tá enfeitando a minha cozinha. Café bom mesmo é aquele passado no coador, enquanto o cheiro delicioso adentra minhas narinas!
 
Tempos modernos... E você pensa que somos duas velhinhas? Somos nada... Cheias de vigor e mentes mais que belas!
 
 
Domingo quente de fevereiro! Desejo-lhes um bom dia!


 
 

Sunny L (Sonia Landrith)
Enviado por Sunny L (Sonia Landrith) em 07/02/2010
Alterado em 29/12/2010


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