Só Amor
Eu te canto as canções de amor,
Rezo contigo, noite e dia,
Mas não entendes... não és capaz.
Repito o teu clamor, pedindo ao Pai
Que repouses e encontres a Paz...
Não tens mais nada, nesta vida,
Em teu caminho a ofertar,
A tua missão foi cumprida...
Deste a nós, teus filhos,
Tudo que podias nos dar,
Foste Pai e Amigo
Do mais dócil sorriso...
Pai, deste tudo de ti!
A tua amável presença
Invadia os nossos dias,
E agora, tão tristes,
Seguramos tuas mãos cansadas,
Com a tua branca alma,
Na luz querendo entrar...
Teimas tanto em aceitar...
Este poema foi feito no hospital, onde eu passava os domingos segurando as mãos do nosso Pai. Com emoção e muita saudade, a ele eu peço, hoje, que olhe pela sua filha pequena, que chora...
Ilha de Vitória, 10 de agosto de 2008, 8hs