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Dia de Domingo



 
O domingo acordou preguiçoso, com um sol imenso a mostrar porque existe entre nós. Os bem-te-vis já vieram me visitar logo cedo. Liguei o rádio bem baixinho.. Adoro música... ô coisa boa! Para o café da manhã, junto ao inseparável jornal, (Nina vai buscar o jornal no elevador todo dia – uma hora dessas vou filmar este menina) - esquentei agnolini, uma sopa italiana deliciosa, que é costume na minha família.

Dez dias inteiros com febre, dor de cabeça, rinite, sinusite, antibióticos, antiinflamatórios, três visitas a médicos, duas radiografias, falta de fome, vinte litros de água, dois poemas novos, um sonho bobo que já esqueci, uma cama a me embalar o tempo todo, visitas ao PC pra matar o tempo,  tosse e hoje eu acordo muito melhor! Pra quem não ficava gripado assim há quinze anos, leva um susto e pensa bobagens... quanta paúra!
Todas as dores físicas são extremamente inquietantes. Nas atividades de voluntariado é que eu vejo que esta gripe fora de hora é nada perante a dor de alguns pacientes. O mais importante são as lições que tiramos delas. E isso eu sou expert: de tudo que eu vivencio, seja o que for, eu pego um pedacinho bom e guardo dentro de mim para uso na ocasião mais apropriada..

Começo a ouvir os meus amiguinhos, dois periquitos autralianos, (errei feio – descobri que são duas meninas e vou comprar um namoradinho para elas na segunda)  começando a barulheira do dia. . Nina me “ajuda” na arrumação da casa. Arrasta panos e brinquedos e pula ao meu lado. Esta cachorrinha simpática definitivamente veio para ficar! Ela adora receber visitas. Se o interfone toca, ela se planta de frente para a porta e abana o rabinho, feliz. Sai catando os biscoitinhos e come-os, todos, como se quisesse mostrar a alegria de ter alguém dentro de casa, a não ser a silenciosa presença da “mamãe”. Nina é querida por “quase” todos os moradores do prédio.

Eu adoro falar com a minha irmã no MSN. Somos tão iguais que muitas vezes pensamos juntas. Depois que papai nos deixou, nossa vida deu cambalhotas. Todos nós, sem exceção, enfrentamos situações difíceis. Os cinco filhos. Não sei de onde isso pode ter ocorrido ou se a vida esperou o nosso querido pai descansar, para q
ue cada um de nós pudesse experimentar alguns longos dias, onde a alegria permanente em nós estava dando um tempo e teimava em permanecer distante. Entendo que aquela era a vez de cada um de nós refletirmos os inúmeros “por quês” que nos questionamos. Mesmo com as inúmeras provações que temos enfrentado, continuamos a espalhar sorrisos e não nos deixamos abater por depressão e no seu lugar, usamos a técnica da “alegrissão”, uma palavra nova... é só saber usá-la.

Já são quase nove horas e vou caminhar na praia, colocar meus pés sob a água divina, que me envolve e enternece, fascina! Isso... o mar é fascinação. Enquanto isso, baixo o cd  “Across the Universe”, do filme de mesmo nome... lindo recordar os Beatles de uma maneira totalmente diferente. Lindo demais!
Bom domingo! A vida nos espera!
 
 
Sunny, domingo de sol de novembro
 




Tag : by Odete Ronchi Baltazar


Sunny L (Sonia Landrith)
Enviado por Sunny L (Sonia Landrith) em 22/11/2009
Alterado em 30/12/2010


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