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Textos


Minha vida com Nina
Sunny Lóra
 
 
Quando Layka, a minha companheira por quinze anos, foi morar no céu dos cachorrinhos, eu jurei que nunca mais teria outro animal. Fiquei muito tempo sem olhar para outros bichinhos e pensei que estivesse doente, porque nada me fazia esquecer aquela poodle pretinha, a cachorrinha mais humilde que já existiu em minha vida.
 
Ainda muito triste com a perda de Layka,estava almoçando no restaurante da empresa e uma senhora veio falar comigo. Ela me disse que tinha oito cachorrinhos para doação, de raça pura, Schnauzers, um cão alemão muito lindinho. Sabia que eu havia perdido a Layka e que eu podia escolher um deles. Levei uma semana pensando...na verdade, tinha receio de perder de novo... mas meu filho e eu fomos à casa dos novos bebês cachorrinhos.
 
Sete filhotes eram iguais, muito lindos. Uma pequena menina-cachorrinha se destacava no grupo, pois era menor que todos eles e tinha cabelos louros, como os meus. Paixão à primeira vista, trouxe a Lady Nina pra casa, sem saber exatamente a que raça pertencia. Era tão diferente dos irmãozinhos!
 
Nina demonstrou ser dócil e meiguinha demais. Logo meu filho e eu nos apaixonamos pelas graças e travessuras que faz dentro de casa. Com o tempo, fomos nos assombrando com as atitudes de Nina. Sei que todos os cães possuem um comportamento especial, são amigos em demasia e grandes companheiros e dotados de grande inteligência. Nina está um "tiquinho" acima da média. Quem a conhece sabe do que falo. Nina – uma vira-latas cor de mel de porte pequeno  – sim, nada de pedigree! – surpreende, a cada dia. Se fosse contar tudo, daria um livro, sim...
 
Hoje de manhãzinha estava na cozinha, onde “tomamos” nosso café da manhã entre a leitura do jornal, os olhos na TV e pedacinhos de pão jogados no chão, onde, debaixo da mesa, estava uma "menina" lambendo a carinha. Reparei que ela deixou um pedacinho de pão e foi brincar com os suas dezenas de brinquedos amassados de tanto uso. Ultimamente não tem largado um cachorrinho de borracha, porque “pensa” que é o filho dela.
 
Eu estava arrumando a casa e quando cheguei na cozinha, já correndo e atrasada, disse pra Nina, que me acompanha em cada passo que dou.
 
- Ninha, pega o seu pão que a “mamãe” vai varrer a cozinha.
 
Nina foi até debaixo da mesa, abocanhou o pedaço de pão e o colocou num cantinho da sala.
 
 

 
 
 Nota : O texto é específico sobre animais. Nada faz-me esquecer todas as crianças carentes deste mundo.

Foto: Nina

Sunny L (Sonia Landrith)
Enviado por Sunny L (Sonia Landrith) em 16/12/2008
Alterado em 20/10/2011


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